Este termo costuma ser usado noutro contexto, no entanto o ghosting tem-se tornado normal também na procura de emprego.

O ghosting costuma ser usado em relação às apps de namoro quando uma pessoa perde o interesse e rejeita alguém com quem conversa, sem oferecer qualquer explicação, apenas “desaparece”.

Uma pesquisa realizada pela plataforma de recrutamento Even revelou que isto é também já uma tendência na procura de emprego. Esta englobou 1500 empresas e 1500 adultos.

Então, oito em cada dez (79%) candidatos da Geração Z e da geração Millennial – com idades entre 18 e 24 anos e os  25 e 39 anos, respetivamente – fizeram ghosting no ano passado, em termos profissionais.

Além disso, 93% dos candidatos da Geração Z disseram que simplesmente não compareceram a uma entrevista.

Os candidatos sentem poder no ghosting

Inquiridos sobre o ghosting no mundo laboral, quase um em cada cinco membros da Geração Z disse que isso dava uma sensação de poder e permitia assumir o controlo das suas carreiras.

Além disso, cerca de nove em cada dez disseram que não compareceram no primeiro dia de trabalho e um quarto disse que abandonou o emprego sem avisar.

Os candidatos consideram que o ghosting na procura de emprego é uma questão de ser seletivo, não achando necessário avisar o empregador se decidirem não assumir a função.

As empresas afirmaram que a atitude em relação ao ghosting torna o processo de contratação de novos colaboradores mais difícil.

O CEO Saffron Gilbert-Kaluba, fundador do The Law Chronicle, discorda, argumentando que a prática de fazer ghosting em entrevistas é rude e desrespeitosa.

 

Embora o ghosting seja cada vez mais usual no mundo do trabalho, o candidato deve ter sempre em conta que pode estar a quebrar relações com empresas e pessoas que podem vir a ajudá-lo no futuro.

Fonte: Human Resources