Ao contrário do que é comum ouvir dizer, o curriculum europeu não é a melhor opção. O CV Europass está tão banalizado que os recrutadores recebem centenas de candidaturas iguais a nível visual.
Conheça aqui um bom modelo de CV alternativo.
10 características negativas do Curriculum Europeu:
1. Informação pessoal desnecessária
O curriculum europeu permite preencher campos como “morada completa”, “serviço de mensagens instantâneas” e “número de telefone (fixo)”. Para o recrutador as mesmas não são necessárias.
Se achar pertinente pode indicar a sua localidade. O serviço de mensagens instantâneas e o número de telefone fixo não serão utilizados pelo empregador para o contactar. Destaque, ao invés, o seu número de telemóvel.
2. Permite a discriminação com base em sexo, idade e aspecto do candidato
Logo no início do curriculum europeu, o empregador depara-se com informação sobre o género e data de nascimento do candidato e com a sua fotografia. Mesmo que sub-conscientemente, estes dados vão mudar a forma como analisa o seu CV.
As suas competências e experiência devem ser os únicos factores que pesam na decisão.
Se completar todos os campos descritos no curriculum europeu, ficará com um CV de 3 ou 4 páginas. Os empregadores passam, em média, 6 segundos a analisar cada candidatura, pelo que nunca verão toda a informação que escreveu.
4. Contém informação em excesso
Dados que são dispensáveis:
- Função a que se candidata (se está a responder a um anúncio de emprego em específico, o recrutador já sabe qual a função);
- Morada do anterior empregador;
- Nível do quadro europeu de qualificações (basta indicar 9º ano/12º ano/Licenciatura/Bacharelato/Pós-Graduação/Mestrado/Curso de Especialização);
- Lista com as principais disciplinas/competências adquiridas em cada instituto de formação: só é relevante se o candidato não tiver experiência profissional ou quiser mudar de carreira;
- Nível de conhecimento das línguas (tão pormenorizado)
- Carta de condução (dê esta informação somente quando for um requisito)
- Publicações/Apresentações/Projectos/Seminários/Conferências/Referências
5. Não contém um resumo
No início do curriculum europeu, é suposto indicar qual a função a que se candidata. Sugerimos que, na sua vez, indique quais as suas competências específicas, os skills que pretende adquirir e o tipo de empresa em que gostaria de trabalhar, despertando a curiosidade do empregador.
6. Não dá destaque às empresas onde trabalhou anteriormente
O nome das empresas onde ganhou experiência profissional não “salta à vista”. Esta informação é bastante relevante para quem pretende recrutar um novo colaborador, pelo que sugerimos que lhe dê o devido relevo.
O cargo que ocupou deve ser o dado que mais se destaca, seguido pelo nome da empresa.
7. É difícil de analisar
Com tanta informação escrita e não quantificada, torna-se difícil compreender qual o seu nível de conhecimentos relevantes para a função.
Por exemplo, um CV Infográfico, permite-lhe quantificar facilmente o seu grau de proficiência em cada competência.
8. Contém anexos
Cópias dos diplomas e certificados, certificados de trabalho ou de estágio, obras publicadas ou trabalhos de investigação são elementos que não pertencem ao CV.
Diplomas e certificados só serão necessários caso lhe seja feita uma oferta de emprego.
São raras as carreiras onde trabalhos de investigação ou obras publicadas são uma mais-valia na candidatura. Casos como o jornalismo ou a carreira de investigação científica justificam a apresentação deste tipo de anexos. Na generalidade dos casos, quanto menos informação dispensável, melhor.
9. Não quantifica os seus sucessos
Números e percentagens ilustram melhor os resultados do que somente palavras. Considere estas duas frases:
- “Participei no aumento das vendas.”
- “Aumentei as vendas em 15%.”
Qual das duas tem mais força? É, claramente, a segunda. O curriculum europeu não incentiva à utilização de números para ilustrar projectos bem sucedidos.
10. O ficheiro fica demasiado grande – o que dificulta a submissão de candidaturas
Os ficheiros finais de curriculum europeu ultrapassam, por norma, 1 Mega de tamanho. A maioria dos portais de emprego/recrutamento não permitem a submissão de CVs dessa dimensão.
Para impressionar os recrutadores, escreva um curriculum vitae à sua medida, o qual demonstra as suas principais competências e experiência profissional. Utilize um modelo de CV diferenciador e de leitura simples.
OK, um excelente assunto para ser discutido e bem analisados, principalmente nos dias de hoje.
Concordo que o modelo europeu pede informações a mais, mas essas podem ser retiradas tambem.
Mas há um pormenor que complica bastante que é quando o empregador pede, por exemplo, um CV com foto e referencias. Qual seria a melhor maneira ou o melhor modelo para se fazer um CV para entregar em uma loja?
Seria apropriado fazer varios CV’s para enviar a varias candidaturas diferentes?
Obrigado.
Olá Paulo,
Sim, deve fazer um CV para adaptar a cada empregador. Se se candidatar a vagas para atendimento ao público, então é melhor colocar a fotografia no CV. Nos outros casos, torna-se um elemento desnecessário (a menos que seja pedido pela empresa).
Boa sorte na sua procura de emprego!
Vou ter de discordar, ao analisar C.Vs o Europass permite uma comparação muito mais fácil e rápida. Permite ver rapidamente os pontos importantes e que interessam ao empregador. Geralmente são os mais organizados e com melhor aspecto. As informações irrelevantes podem ser surpridas facilmente. Importante é alertarem as pessoas para não enviarem os CVs em Word desprotegido nem com títulos “Maria_CV3”.
De tudo o que já foi dito posso acrescentar que até o tamanho do pdf pode ser reduzido. Extsem métodos para ele ter menos de 1mb.
Concordo que o modelo europeu deve ser adaptado ao posto de trabalho para o qual concorremos.
Estou a gostar muito ler os artigos do alerta emprego espero que não levem a mal as minhas criticas.
Já aprendi muito neste site. Parabéns pelo vosso trabalho.
estou precisando do modelo europass curriculum vitae 2019