Negociar uma oferta de emprego nem sempre é uma tarefa fácil e há diferentes situações que o podem colocar no meio de uma negociação. E, como agir neste caso?
Listamos abaixo três das situações mais comuns em que é necessário negociar uma oferta de emprego:
Situação 1: Está numa etapa avançada do processo selectivo para trabalhar numa empresa que admira e, de repente, é contactado pelo Recrutador de uma outra empresa que admira ainda mais e que está disposta a fazer uma oferta bastante competitiva.
Situação 2: Recebeu uma oferta de um trabalho que irá gostar, mas a remuneração está abaixo do esperado. Pergunta ao responsável se há alguma flexibilidade e recebe como resposta uma negativa e ainda é questionado se só aceita a proposta caso aumentem o salário.
Situação 3: Trabalha numa empresa há algum tempo e é contactado pelo Recrutador de outra organização com oferta de um salário melhor, mas não quer sair do seu emprego atual e gostaria de ser valorizado, então tenta um aumento do salário e seu chefe não reage bem por saber que está a receber outras propostas.
Cada uma das situações ilustradas podem ser muito complicadas e complexas no que diz respeito à forma como irá negociar estas propostas. Deepak Malhotra apresentou 15 regras para orientá-lo nessas discussões.
- Não subestime a importância da simpatia: qualquer coisa que faça durante a negociação em que seja menos simpático irá reduzir as suas hipóteses de obter uma oferta de emprego.
- Ajude-os a entender porque merece o que está a pedir: eles gostarem de si não é suficiente, precisam acreditar que vale a pena tê-lo como profissional.
- Deixe claro que podem recrutá-lo: as pessoas não gostam de investir tempo num profissional que chega ao final e diz “Não, obrigado”. Equilibre os seus argumentos informando porquê ou sob quais condições, por exemplo, renunciaria ao seu emprego atual e aceitaria uma oferta.
- Entenda/pesquise a pessoa que fez a proposta: negociar com um potencial empregador é muito diferente de negociar com o representante de Recursos Huamnos.
- Compreenda as limitações da empresa: saiba onde a empresa é ou não flexível. Por exemplo: se estiverem contratando várias pessoas para a mesma função, dificilmente irão negociar salários.
- Esteja preparado para perguntas difíceis: prepare-se para questões como “Tem alguma outra oferta?”, “Se fizermos uma oferta amanhã, vai dizer que sim?”, “Somos a sua melhor escolha?”. Responda de maneira honesta e sem parecer um candidato desinteressado.
- Concentre-se na intenção do entrevistador e não na questão em si: se mesmo estando preparado, surgir uma questão que o apanhe desprevenido, lembre-se que muitas vezes a questão em si não importa, mas sim a intenção do recrutador.
- Considere a proposta como um todo: salário, empresa, atividades que irá desempenhar, etc.
- Negoceie várias questões simultaneamente e não por etapas.
- Não negoceie apenas por negociar: gaste tempo e energia apenas nos pontos que valem a pena.
- Pense no prazo das ofertas: deverá dar um retorno rápido. Saiba quando abrandar ou acelerar o processo com um potencial empregador para receber todas as propostas com datas próximas e poder compará-las.
- Evite, ignore ou minimize ultimatos de qualquer tipo, afinal, as empresas não gostam que seja dito algo como “Se não fizer isto então…”
- Seja paciente: lembre-se que não é o centro das atenções e por mais que a empresa tenha interesse em contratar, pode não ser o único candidato ou o recrutador pode ter outras prioridades. Fique em contacto, mas seja paciente.
- Deixe assuntos em “stand by”: uma rejeição hoje pode ser uma boa notícia amanhã, afinal, não sabe os motivos que levaram a pessoa a negar o seu pedido. Deixe o assunto de lado, mas não esquecido, e retome numa data futura.
- Mantenha um sentido de perspectiva: a sua satisfação dependerá menos em ter sucesso na negociação e mais em conquistar o trabalho certo para si. Então lembre-se de levar todos os pontos em conta e não apenas os detalhes da oferta.