
Em Portugal, os trabalhadores levam para casa em média 75% do seu salário bruto mensal, o restante (25%) fica retido em impostos e contribuições.
No entanto, não é o pior país da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Na edição deste ano do relatório “Taxing wages”, a OCDE sublinha que o impacto dos impostos e contribuições sociais nos rendimentos que os trabalhadores levam efetivamente para casa varia de forma considerável entre os vários países.
Portugal está assim a par da República Checa, da Grécia, da Coreia do Sul, da Lituânia, da Eslováquia e da Turquia.
Neste países, a parte que o IRS toma do rendimento bruto e a que vai para a Segurança Social é semelhante. Em Portugal é 14% para o IRS e 11% para as contribuições.
Por outro lado, na Bélgica os trabalhadores recebem menos de 61% do seu salário bruto e na Colômbia o trabalhadores recebem 100% do ordenado bruto.
E do que os empregadores gastam com cada trabalhador, quanto vai para impostos?
O relatório da OCDE revela também o total gasto pelo empregador com cada trabalhador, ou seja, quanto acaba por ser absorvido em impostos e contribuições sociais não só pagas pelo trabalhador, mas também pelo próprio empregador.
Além dos 25% (IRS e Segurança Social) a cargo do trabalhador, os cofres do Estado recebem ainda uma taxa de 23,75% que as empresas pagam à Segurança Social.
Então, de acordo com a OCDE, em Portugal, 39,4% do custo do trabalho acaba por ser absorvido.
Assim, do total gasto pelo empregador, 11,3% fica retido em sede de IRS, 8,9% em contribuições sociais a cargo do trabalhador e 19,2% em contribuições sociais a cargo do empregador.
Em Portugal, esses encargos são mais pesados que a média da OCDE (34,9%). Ainda assim, foram mais leves em 2024 do que no ano anterior.
Ainda assim, países como a Bélgica (52,6%) e a Alemanha (47,9%) consegue superar o valor dos descontos do nosso país.
Todos os dados mencionados dizem respeito ao trabalhador médio, que não tem a seu cargo dependentes.
Fonte: ECO
