As novas tabelas de retenção de IRS foram ajustadas, mas foram publicadas pelo Governo com erros. Agora foram republicadas com os valores corretos.
A fim de acomodar os aumentos intercalares negociados com a Função Pública, o Governo procedeu à alteração das tabelas de retenção de IRS.
No entanto, as tabelas divulgadas na quarta-feira (13 de Julho) continham erros e assim foram republicadas na sexta-feira seguinte.
Então, um dos erros detetados pelo ECO está relacionado com a tabela referente ao trabalho dependente, casado dois titulares.
Para uma pessoa com um filho que ganha, por exemplo, 760 euros brutos, na tabela publicada na quarta-feira tinha de reter 0,8% do salário. Afinal, o valor correto é de 3,7%.
Para este mesmo exemplo, mas para um contribuinte com dois filhos em vez de um, na tabela antiga estava isento de IRS, mas na tabela republicada esta sexta-feira está sujeito a uma retenção de 1%.
Tabelas ajustadas para acomodar os aumentos na Função Pública
O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, um aumento salarial para alguns funcionários públicos.
Assim, para os assistentes técnicos, por exemplo, o salário de entrada vai aumentar 47,55€, passando para 757,01€ brutos. Este aumento terá retroativos a Janeiro e vai abranger 17 mil trabalhadores do Estado.
Os sindicatos tinham anunciado que se não houvesse alterações fiscais, os aumentos poderiam ser absorvidos pelas tabelas de IRS.
Assim, um assistente técnico, solteiro e sem filhos, com um salário de 709€ (o atual salário de entrada), está isento de descontar. Mas com o aumento e segundo a tabela antiga, passaria a ter de reter 7,9%, ou seja, 59€. Ou seja, no final do mês levava para casa menos dinheiro.
Então, por este motivo o Governo mexeu nas tabelas de IRS.
Com a nova tabela publicada um salário de 757,01€ brutos passa a descontar 5%, ou seja, 37,9€, menos do que os 47,55€ de aumento.
Pode ver aqui as novas tabelas de retenção de IRS.
Veja ainda as empresas a recrutar e envie a sua candidatura.
