O primeiro trimestre deste ano registou a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 10 anos. Desceu para 5,9% e a criação de emprego regista o maior valor das novas séries do INE.

Este é um dos valores mais baixos em mais de uma década, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) no inquérito ao emprego relativo aos primeiros três meses de 2022.

“A taxa de desemprego foi estimada em 5,9%, valor inferior em 0,4 pontos percentuais ao do 4º trimestre de 2021”, refere o INE. Além disso, este valor também ficou 1,2 pontos percentuais abaixo face ao registo no período homólogo do ano passado.

Assim, em termos absolutos, Portugal terá agora, oficialmente, cerca de 308,4 mil pessoas desempregadas, um contingente que diminuiu 6,7%.

Nestas séries do INE, que começam no início de 2011, a taxa de desemprego só foi mais baixa no segundo trimestre de 2020 (5,7%), em plena pandemia. No entanto, nessa altura este indicador do mercado de trabalho apresentava leituras desajustadas da realidade.

Então, no segundo trimestre de 2020, grande parte da população deixou de se classificar como desempregada porque não podia procurar emprego ou não havia negócios abertos ou à procura de pessoas.

O INE explica ainda que a redução do desemprego no primeiro trimestre deste ano foi sobretudo resultado da diminuição do fenómeno:

  • Na população masculina – menos 34,6 mil desempregados (19,7%);
  • No grupo de pessoas dos 25 aos 34 anos – menos 30,5 mil (28,1%);
  • Na população com ensino superior completo – 18,9 mil  (18,8%);
  • Na população com ensino secundário e pós-secundário – 17,4 mil (13,7%);
  • Pessoas à procura de novo emprego – 57,0 mil (17,9%);
  • Desempregados há menos de 12 meses – 73,5 mil (30,7%).

Emprego recupera face à pandemia

Sobretudo comparando há um ano, o emprego em Portugal recuperou.

Segundo o instituto, no 1.º trimestre de 2022, a população empregada (cerca de 4,9 milhões de pessoas) aumentou 4,7% (mais 219,3 mil empregos) relativamente ao mesmo período de 2021.

No primeiro trimestre de 2021, a economia continuava altamente fragilizada, nessa altura, Portugal registou um recuo de 1,3% no emprego total, o equivalente a menos 63 mil empregos em apenas um ano.

Face ao último trimestre do ano passado, o avanço do emprego foi de 0,4% (21,9 mil).

Fonte: Dinheiro Vivo

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