Isto significa que mais de quatro em cada dez dos empregados em Portugal trabalham em áreas diferentes do que estudaram. Um número superior à média da OCDE.

O novo estudo da OCDE revela então que 41% dos empregados portuguesas trabalham fora da sua área de estudos. E, ainda que 14% têm qualificações a mais para as suas funções.

Segundo a OCDE, esse desencontro deve-se às ineficiências na colocação dos trabalhadores e à incapacidade de atualizar as qualificações e competências face às mudanças estruturais em curso nas economias, como a transição digital e a transição verde.

No caso dos portugueses, 41% estão desajustados em termos de área de estudo, visto que o seu nível de qualificação mais elevado não é na área que é mais relevante para o seu trabalho.

Este desencontro em Portugal é superior à média dos países da OCDE (38 países), visto que no seu conjunto a média é de 38%.

Isso significa também um desencontro no salários, neste caso estes trabalhadores têm um salário 6,1% mais baixo do que se estivessem num emprego alinhado com os seus estudos.

O encaixe entre as competências e qualificações dos trabalhadores e os empregos disponíveis “é essencial” para que as economias “funcionem bem e sejam produtivas”, refere o estudo.

Competências e qualificações fazem a diferença

Este estudo mostra ainda que, em Portugal, 14% dos empregados têm qualificações a mais para os seus postos de trabalho, comparando à média de 23% na OCDE.

O mesmo de verifica para menos estudos, sendo também de 14% os empregados que têm qualificações a menos para os seus empregos, e a média na OCDE é de 9%.

Além disso, 7% dos trabalhadores em Portugal relatam ter competências abaixo das requeridas para o seu emprego atual (a média da OCDE é de 10%). E 25% confessam ter competências a mais (a média da OCDE é de 26%).

 

Este novo estudo da OCDE revelou ainda que Portugal está muito abaixo dos restantes países quanto à literacia e competências numéricas.

Fonte: ECO