83% dos portugueses pondera mudar de emprego a curto prazo.
Quem o diz é a Hays, no seu Guia do Mercado Laboral 2014. Este valor tem vindo a aumentar ligeiramente desde 2011, mas sentiu-se agora uma subida abrupta, de 5 pontos percentuais.
Os engenheiros, comerciais e marketeers são os que estão mais predispostos a mudar de emprego e os profissionais dos sectores de retalho e Life Sciences (Biologia, Medicina e Farmacêutica), os que estão menos.
Motivações para um profissional mudar de emprego:
- 63% dos inquiridos mudariam de emprego se houvessem mais perspectivas de progressão na nova empresa;
- 60% fá-lo-iam se o projecto fosse mais interessante;
- 55% consideram que o pacote salarial era uma boa razão para mudar de emprego;
- 18% mudaria por estar insatisfeito com a empresa onde trabalha;
- 17% mudaria para emigrar;
- 13% afirma que a sua condição contratual é pouco estável e, por isso, pensa mudar de emprego;
- 13% gostaria de mudar de localização dentro de Portugal;
- 10% afirma que a incompatibilidade entre a vida profissional e pessoal é uma forte motivação;
- Apenas 5% consideram que o fim do actual contrato de trabalho é motivo para mudar de empresa.
Vemos, aqui, que os profissionais sentem que existe uma estagnação a nível salarial e de carreira. Este é um dos motivos que os leva a estar insatisfeitos no seu emprego actual. Aliás, 70% dos inquiridos não foi aumentado nem promovido durante o ano de 2013, corroborando esta tese.
Os profissionais mais insatisfeitos com o seu salário encontram-se nas áreas dos Recursos Humanos e da Banca/Seguros, onde mais de 40% gostaria de ter um melhor pacote salarial.
Como podem, então, as empresas reter os seus talentos e mantê-los motivados? Dando-lhes aquilo que mais valorizam:
- Plano de Carreira
- Oferta Salarial
- Cultura Empresarial
- Solidez financeira
- Qualidade dos projectos
- Plano de formação
- Prestígio no mercado
- Dimensão da empresa
- Localização geográfica
- Prémios de desempenho
- Benefícios não financeiros
- Outros
Os portugueses querem mudar de emprego porque as empresas não estão a corresponder às suas expectativas de progressão de carreira e salário. Será esta mais uma consequência da crise?

