Quase 87% dos trabalhadores portugueses gostariam de ver salário nos anúncios de emprego. A transparência salarial é valorizada pelos trabalhadores nacionais, especialmente pelos mais jovens.

Esta é uma das conclusões do estudo “O estado da compensação”, da Coverflex, que teve por base as respostas de 2641 trabalhadores nacionais de todo o país e de vários setores.

Além desta conclusão, o estudo revelou ainda que, atualmente, apenas um terço dos trabalhadores estão satisfeitos com a sua compensação e que os trabalhadores presenciais fazem mais horas extra e estão menos satisfeitos.

Maioria quer transparência salarial no recrutamento e nas empresas

Quando se fala de transparência nas ofertas de emprego, a maioria dos portugueses (86,6%) gostaria de ver as faixas salariais incluídas desde o início, ou seja, nos anúncios.

Entre os mais jovens, com idades entre 18 e 34 anos, essa vontade é ainda maior: 92,6% dos inquiridos admitiram ter essa expectativa, o que compara com 83,4% dos inquiridos dos 35 aos 54 anos e 70,5% dos inquiridos com 55 anos ou mais.

Além disso, os trabalhadores portugueses também dão valor a políticas de transparência dentro das empresas.

Este estudo indica que mais de metade (52,7%) acredita que partilhar internamente os salários traz mais benefícios do que desvantagens.

No entanto, este tema já não é tão consensual, 26,5% não concordam com a partilha interna da informação salarial e 20,8% permanece indeciso.

Mas, também neste ponto são as gerações mais jovens as mais defensoras da transparência. Entre os inquiridos dos 18 aos 34 anos, 64% reconhecem mais vantagens do que desvantagens na transparência salarial interna, enquanto apenas 35% daqueles que têm mais de 55 anos assumem essa posição.

Colaboradores remotos ou híbridos mais satisfeitos

Os níveis de satisfação dos trabalhadores são maiores entre aqueles que exercem funções remotamente ou em modelo híbrido, em comparação com quem trabalha só de forma presencial.

Então, 88,6% dos trabalhadores em regime remoto e 72,9% dos trabalhadores em regime híbrido expressam níveis elevados de satisfação. Já apenas 51,5% dos trabalhadores presenciais apontam níveis semelhantes.

Além da satisfação salarial, as horas extra de trabalho também constam neste estudo. 39,9% dos trabalhadores em regime presencial dizem trabalhar mais de oito horas por dia, em comparação com 29,1% dos colaboradores em regime híbrido e 25,6% dos colaboradores em regime remoto.

 

Então, este estudo revela que são as gerações mais jovens quem exige práticas mais transparentes.

Fonte: ECO