Setor do Turismo cresceu em 2022 e foi o que mais aumentou os salários

O setor do Turismo cresceu em 2022 e atingiu os números de 2019, ainda assim, isso não chega.

“Precisamos de mais anos como este para que as empresas recuperem a sua situação patrimonial e os seus balanços”, refere Francisco Calheiros.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) elogia a recuperação do setor, após a pandemia, que superou todas as expectativas.

Não é novidade que o setor do Turismo foi dos mais afetados com o Covid-19, “estamos a falar de uma queda de 60%, em 2020 e de mais de 45% em 2021”, explica.

É preciso continuar a crescer como em 2022

O primeiro trimestre foi fraco e a recuperação foi feita nos três últimos trimestres do ano. Mas, “são precisos mais anos como o de 2022”, refere o presidente.

“Penso que fomos o único país da Europa que conseguiu recuperar números iguais aos de 2019”, acrescenta.

As empresas têm uma série de despesas que estando ou não paradas têm de assumir, como rendas, luz ou comunicações.

Durante a pandemia, houve apoios importantes – apoio à retoma, layoff, Apoiar.pt – mas é preciso fazer as empresas crescerem.

Não só de estrangeiros se faz o Turismo

Os portugueses também tiveram influência na recuperação do setor do Turismo.

Então, da taxa de 100% de dormidas, cerca de 30% são de portugueses.

Os turistas nacionais tiveram um aumento de quase mais de 9% de dormidas em relação a 2019, enquanto os estrangeiros fizeram menos 5%.

Setor do Turismo foi o que mais aumentou os salários

Há falta de mão-de-obra, mas “se houve setor que, em 2022, mais aumentou os salários foi o turismo”, refere Francisco Calheiros.

Este problema começou-se a sentir em 2019, “devido ao crescimento da atividade, mas com a pandemia esse problema desapareceu”, explica.

Alguns grupos hoteleiros, já anunciaram o aumento do salário mínimo em 2023. Entre eles, o maior grupo hoteleiro português, que irá subir para os mil euros, afetando 4000 trabalhadores.

Com isto, o presidente da CTP afirma: “não tenho dúvida nenhuma que os nossos agentes económicos se vão adaptar e que vamos ter essa mão-de-obra”.

Além disso, acrescenta que a solução passará também pelos imigrantes. “Temos a sorte de fazer parte de uma comunidade que é a CPLP, onde existem umas centenas de milhões de pessoas a falar português e a solução terá que passar por aí”.