Quando lhe perguntaram quais as informações mais importantes num CV, Ambra Benjamin, recrutadora do Facebook e ex-recrutadora da Google, destacou 8 secções, lembrando que variam ligeiramente de acordo com a vaga e empresa.
O que procura primeiro num CV:
1. Experiência mais recente – Em que é que a pessoa esteve a trabalhar antes de se candidatar? Esta experiência é relevante para a função? Porque é que se está a candidatar? Acabou o contrato? Está há pouco tempo naquela empresa?
2. Empresa onde trabalhou – É mais fácil ter uma ideia do nÃvel de competências do candidato conhecendo a empresa onde trabalha(va). Se a organização não for muito conhecida, o CV terá que ser analisado mais a fundo.
3. Progressão na carreira – Nota-se uma progressão na carreira? O candidato tem tido cada vez mais responsabilidades? A ausência de uma “subida natural” pode ser um sinal vermelho.
4. Keywords – A forma mais fácil de saber se o candidato tem as competências técnicas necessárias, é pesquisar pela keyword/competência no documento (um passo simples utilizando CTRL + F).
5. PerÃodos sem trabalho – Se o CV mostra claramente que houve um perÃodo em que o candidato não trabalhou, o recrutador pode ficar de pé atrás. Uma pequena nota a explicar o motivo (por exemplo: ano sabático passado a viajar) pode ajudar a colmatar os seus “medos”.
6. Presença online – Link para o site pessoal, LinkedIn, Twitter, GitHub (para quem se candidata a IT) ou portefólio online ajudam a conhecer a personalidade e interesses do candidato.
7. LogÃstica – A cidade onde reside (e a distância a que está da empresa) e elegibilidade para programas de estÃmulo ao emprego também são muito importantes.
8. Organização do CV – O layout , encadeamento de ideias e gramática dizem muito sobre o profissional.
O que gostaria de ver em mais CVs:
1. Personalidade – Dependendo da área profissional a que se candidata, pode inserir uma piada ou curiosidade no seu CV para o tornar mais “humano”. Ambra Benjamin lembra existem centenas de candidatos semelhantes, pelo que a personalidade pode ser o factor de diferenciação.
2. URLs  – Não são muitos os candidatos que completam o currÃculo com links para as redes sociais/ site pessoal/ blog – o que dificulta o trabalho dos recrutadores.
3. Projectos pessoais – O que faz fora do horário de trabalho mostra que tem paixões para além da profissão e ajuda a criar uma imagem de si como profissional.
O que os candidatos devem evitar:
1. Usar templates de CV antiquados – Em alternativa, deve optar por um modelo visualmente apelativo e com tipo de letra moderno e fácil de ler.
2. CurrÃculos muito extensos – Por norma, 2 páginas são suficientes para descrever o seu percurso profissional. Se a sua candidatura for muito extensa perderá a atenção do recrutador, garante Amber.
3. Listar um Objectivo – Em alternativa, opte por um resumo de competências.
4. Entregar o CV em mãos ou por fax – Numa era em que o digital impera, deve sempre preencher os formulários de candidatura ou enviar o seu curriculum vitae através de email (de um endereço profissional). Entregue em mãos ou envie por carta somente quando pedido pela empresa.
5. Exageros/mentiras – eventualmente será descoberto e corre o risco de perder o emprego (se tiver sido escolhido).
Fonte: Mashable