Para ser um líder resiliente através do otimismo e realismo, é necessário abraçar estas características, mas sempre em equilíbro e sem excessos.
Agora mais que nunca, a questão que passa pelas mentes de diversos líderes de equipas, departamentos e empresa é: “Será que estou preparado?”.
Com a propagação da Covid-19 e os danos que está a causar ao mercado económico e empresarial, é certo que esta liderança está a ser posta à prova.
Em primeiro lugar, é importante ter a consciência que não somos os primeiro líderes a passar por tempo difíceis. Em segundo lugar grande lições podem ser tiradas dos líderes que nos antecedem.
Um exemplo que reflete o tema abordado neste artigo é o Almirante Jim Stockdale. Um personagem do livro de Jim Collins, “Good to Great”, cuja história de sobrevivência num campo de prisioneiros durante a Guerra do Vietnam representa tão bem estas característica da realidade atual.
A personagem resume a sua sobrevivência a duas coisas:
1. Ser otimista
“Nunca perdi a fé no fim da história”, explica a personagem. “Eu nunca duvidei que iria sair, que iria sobreviver e que no fim ia transformar esta experiência num evento decisivo da minha vida, que em restrospetiva, não o trocaria”.
2. Ser realista:
“Algumas pessoas disseram: No Natal já vamos estar fora daqui. Entretanto o Natal chegava e logo passava.” A mesma situação repetia-se durante várias épocas festivas, até à morte de muitas personagens. “Nunca se deve confundir a fé de que no fim vamos sobreviver – que é algo que nunca devemos perder – com a disciplina de enfrentar os factos mais brutais que estamos a viver, sejam eles quais forem.“.
Surpreendentemente, o equilíbrio entre o otimismo e a realidade é conhecido hoje em dia como “O Paradoxo de Stockdale”, e está comprovado ser a chave para a resiliência da liderança.
Não só resultados existem positivos que só podem resultar do otimismo e da capacidade de ser realista, como também existem resultados negativos que são inevitáveis se exagerar num lado e ignorar o outro.
3. Otimismo
3.1. Resultados Positivos
- Mantém a moral alta e com o intuito de promover o espírito “Eu Consigo”
- Constrói resiliência para ultrapassar os piores momentos
- Prepara a equipa para tirar proveito das futuras oportunidades
3.2. Resultados Negativos (quando em excesso)
- Evita abordar assuntos de desconforto
- Falta de confiança dos membros da equipa na competência do líder
- Faz uma abordagem ingénua sobre os resultados (ou pior)
4. Realismo
4.1. Resultados Positivos
- Clara visão dos desafios enfrentados
- Toma as decisões difíceis baseadas em dados
- Estimula a equipa a ser inovadora e adaptável
4.2. Resultados Negativos (quando em excesso)
- Cria uma cultura desoladora e sombria
- Perde oportunidades devido a demasiada confiança no que é “seguro”
- Perde efetividade por se atentar de mais nos detalhes
Até que ponto é resiliente?
Reflita sobre os seus pensamentos e ações que tomou na última semana. Manteve a esperança e viveu num lugar de alto otimismo? Já enfrentou os factos brutais relacionados com a crise atual e portanto adotou um alto nível de realidade? Então fique a par dos passos a tomar!
Próximos passos:
Reflita e tome uma ação
- O que pode começar, parar ou continuar a fazer para obter ou manter os resultados positivos da perspetiva otimista?
- O que pode começar, parar ou continuar a fazer para obter ou manter os resultados positivos da perspetiva realista?
Identifique bandeiras vermelhas
- Quais são os sinais e indicadores de que o otimismo está a ser exagerado e está a negligenciar a realidade?
- Quais são os sinais e indicadores de que ao encarar a realidade está a exagerar e está a negligenciar o otimismo?
Fonte: Great Place to Work
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