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Existe muita informação sobre como escrever o CV, o que pode tornar difícil saber como ser bem sucedido.

Deve utilizar fotografia no CV? O mesmo deve ter 1, 2 ou 3 páginas? Deve ser num formato standard ou ser criativo? Segundo a Mashable, a resposta a estas perguntas varia de acordo com a empresa a que se candidata e as suas competências pessoais.

1) Quantas páginas deve ter o CV?

Este tema é amplamente discutido, já que há quem considere que o CV deve ter no máximo duas páginas (de preferência uma) e quem insista que para estar completo, o CV precisa de três páginas.

Alguns especialistas alegam que o curriculum vitae se torna aborrecido quando ultrapassa uma/duas páginas. Segundo os mesmos, este espaço é suficiente para colocar a informação importante: experiência relevante, educação, contactos e competências.

Por outro lado, várias empresas pedem que o candidato envie o currículo detalhado, de modo a ficarem a conhecer plenamente o seu percurso profissional e académico.

O que deve fazer?

Mencione somente a informação relevante para a função a que se candidata. Conte um história do seu percurso e evite colocar detalhes desnecessários. Não se esqueça que os recrutadores dedicam apenas 6 segundos a cada currículo.

Desta forma, se se está a candidatar a um cargo de elevada responsabilidade, o seu currículum vitae pode chegar às 3 páginas. Certifique-se de que está a dar todas as informações necessárias para que o recrutador fique convencido de que vale a pena chamá-lo para uma entrevista de emprego.

Se é recém-licenciado ou a sua experiência profissional é pouco relevante para o cargo a que se candidata, não escreva mais do que duas páginas, pois perderá a atenção do empregador.

2) Tentar ou não um CV criativo?

Os candidatos estão a apostar, cada vez mais, em formas criativas de se responder a anúncios de emprego. Esta pode ser a solução para se destacar dos restantes candidatos e mostrar as competências a nível de design e comunicação.

Por outro lado, muitos empregadores ainda se sentem confortáveis com o currículo vitae tradicional. Alguns até pedem que lhes seja enviado em modelo Europass -(esta é a única altura em que aconselhamos o envio deste tipo de CV).

Os CVs criativos também podem tornar-se uma desvantagem caso não sejam bem sucedidos. Mau design, cores demasiado berrantes, tipos de letra difíceis de ler ou fotografias desnecessárias irão distrair o empregador e o mesmo rejeitará o currículo sem conhecer o seu percurso.

O que deve fazer?

Se está a candidatar-se para um emprego em áreas criativas, como artes, design, publicidade, etc., pode (e deve) destacar-se através do curriculum vitae.

Se tem uma ideia muito boa, e as competências necessárias para a desenvolver, faça como o Robby Leonardi e crie uma experiência diferente. O recrutador não ficará indiferente às suas capacidades, e a probabilidade de ser chamado para uma entrevista é muito maior.

Ao candidatar-se a uma empresa/área de negócio com um ambiente mais formal, opte por utilizar um modelo de CV sóbrio.

3) Formatação simples ou apostar num CV visualmente apelativo?

A maioria dos especialistas concorda: o CV deve ser escrito a preto e branco, utilizando bullets e um tipo de letra comum, como o Times New Roman.

No entanto, muitos dos candidatos que se destacam, fazem-no através do design e formatação.

O que deve fazer?

Tenha em conta a empresa a cujo anúncio está a responder. A cultura empresarial é séria? A área de negócio não está ligada à estética e criatividade? Então é melhor optar por um modelo simples e bem estruturado.

Se, por outro lado, se está a candidatar a uma start-up ou empresa de design, está na altura de criar um template visualmente apelativo.

Lembre-se que algumas empresas utilizam ATSs. Se a empresa a que se candidata utiliza este tipo de triagem, envie um modelo de CV simples e utilize fontes comuns. Não se esqueça de guardar o documento como “Nomecompleto.pdf”.

4) Incluir ou não os interesses no CV?

Alguns recrutadores sentem que os interesses não beneficiam os candidatos, pelo que mais vale não constarem no seu curriculum vitae.

Por outro lado, há quem considere que mencionar os seus hobbies e interesses é uma forma de dar a conhecer a sua personalidade e mostrar o lado humano.

O que deve fazer?

Sempre que for relevante para o cargo a que se candidata, mencione os seus hobbies e interesses. Por exemplo, se é jornalista, o seu interesse em Fotografia será altamente valorizado, mesmo que não se tenha ainda traduzido em experiência profissional. No entanto, se é médico e descreve o seu interesse em jardinagem, não está a aumentar a probabilidade de ser chamado para uma entrevista.

Conheça a empresa a que se candidata. Se a mesma for altamente focada na cultura empresarial e bem-estar dos seus funcionários, estará interessada em conhecer a sua personalidade – fale um pouco de si.

5) Como definir funções anteriores no CV?

Por norma, os candidatos escrevem o título oficial que tinham na empresa anterior. O problema é que os títulos podem ter significados diferentes consoante as empresas, ou ser incompreensíveis para quem está de fora.

Alguns especialistas sugerem definir o nome do cargo de forma a torná-lo mais apelativo e fácil de reconhecer.

Por exemplo, em vez de “copywriter”, o candidato pode escrever “produtor de conteúdo para o site e blog”.

O que deve fazer?

Se o título da função que desempenhou anteriormente não é fácil de compreender, opte por detalhar um pouco mais o que fazia.

Adapte os termos  para os mais comummente utilizados no mercado de trabalho, como manager, director, assistente, etc., certificando-se de que não está a passar a ideia incorrecta do cargo.

 

Ao escrever o seu CV, tenha em consideração a cultura empresarial da empresa a que se candidata, bem como as suas próprias competências. Não há uma resposta certa sobre qual o modelo de CV perfeito. Pense no que funcionará no seu caso e siga estas dicas para ser bem sucedido.