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No primeiro episódio falamos com Pedro Luís, Técnico de Recursos Humanos do Grupo Portugália, há cerca de um ano.

O que pode descobrir neste podcast:

  • Do processo de seleção à entrevista;
  • Como se pode destacar;
  • O que faz de si um bom candidato.

Ouça já o podcast e fique a conhecer estes e outros pontos e ainda a realidade do trabalho em Restauração.

“O processo seletivo começa muito antes da entrevista” explica o Técnico de RH.

Na Portugália, este processo é composto por três fases, a abertura e publicação da oferta, uma primeira triagem de candidatos da qual resulta uma short list e o contato aos candidatos, onde é logo feito um despiste de determinados pontos.

Depois então vem a entrevista! Para Pedro, “a preparação da entrevista é meio caminho andado para que corra bem”.

“Há pequenos erros que as pessoas fazem que se tivessem pensado bem e se tivessem preparado teriam conseguido evitar”, acrescenta.

“Uma pessoa que vem com dúvidas ou curiosidades faz toda a diferença”, este é um dos sinais que os recrutadores têm que mostra que a pessoa tem vontade de fazer parte da empresa.

Em entrevista, os nervos podem ser inimigos do candidato, no entanto, “há pequenas pistas que revelam se é nervosismo ou falta de preparação, como o tom de voz, postura corporal, posição das mãos”.

“Mesmo uma pessoa que tenha muita experiência pode estar nervosa”, acrescenta.

O que é um bom e um mau candidato?

Para Pedro não há uma definição de bom ou mau candidatos, “há perfis que são melhores que outros para determinada função”.

No entanto, enumera características que fazem de uma pessoa ser um bom ou mau candidato.

Então, a nível de entrevista, um bom candidato é aquele que:

  • Tem um perfil alinhado com a oferta a que se candidata;
  • Chega a horas ou um pouco antes;
  • Está bem preparado e não se atrapalha com as questões que lhe são colocadas;
  • Mostra entusiasmo, paixão pela função e vontade de crescer com a empresa;
  • É transparente em relação às expetativas, que sabe ouvir e dar resposta concretas e sucintas;
  • Evita falar demasiado e prepara as questões;
  • Que se mostra disponível.

Já um mau candidato, ou seja,  aquele que terá menos hipóteses de avançar no processo, é aquele que:

  • Não presta atenção à função a que se candidata e a informações pertinentes que possam estar no anúncio;
  • Não se informa mais sobre a empresa, antes da entrevista;
  • Chega atrasado sem justificação ou falta sem avisar;
  • Tem uma postura desadequada ou comunicação demasiado informal;
  • Não mantem contacto visual e não tem uma imagem cuidada.

Segundo Pedro Luís, muitas vezes quando contacta os candidatos estes já não se lembram que se candidataram à empresa e que oferta, “isto é um ponto negativo e mostra o real interesse na empresa”.

Os candidatos que marcam mais e que se destacam “são os que durante o processo seletivo têm a melhor atitude possível”.

Pode dar apenas um conselho aos candidatos, qual é?

“Bastante importante que as pessoas que se candidatam a este setor compreendam a cultura em que vão estar inseridas”.

Remetendo à sua área – a Restauração – Pedro explica que “quando se trabalha num restaurante, por exemplo, raramente é um trabalho das 9h às 18h”.

Por isso, é importante este conhecimento da cultura do setor, “há particularidades como horários repartidos, folgas rotativas e é importante que o candidato esteja consciente disso”.

Além disso, o recrutador acrescenta que pode sempre ser possível uma adaptação, caso a pessoa tenha algum impedimento relativo a algum fator.

“A chave é a pessoa ser transparente logo desde início”, refere.

 

A falta de perfis qualificados é um problema atual no recrutamento, pelo menos na área da Restauração, explica. “Há poucos perfis qualificados, mas a procura por parte dos vários players continua alta”.

Conheça ainda a história caricata de uma entrevista que Pedro Luís partilha connosco!