Estão já disponíveis os dados do segundo relatório do Global Talent Survey 2021, que aborda a atual situação do mercado de trabalho. Fique a saber o impacto da Covid-19 em Portugal, neste campo.
O Global Talent Survey é o resultado da análise ao mercado de trabalho em 190 países, realizado pelo The Network – rede internacional de portais de emprego – em parceria com o Boston Consulting Group.
Este inquérito contou com 208.807 mil participantes, dos quais 1213 são de Portugal.
O Alerta Emprego, enquanto parceiro do The Network em Portugal, apresentou o primeiro relatório, onde foram divulgados os dados acerca da atratividade de Portugal como destino de trabalho.
Assim, mostramos-lhe agora os resultados do segundo relatório, referente às alterações que a Covid-19 causou no mercado de trabalho em Portugal.
Modo de trabalho (antes, durante e depois da Covid-19 em Portugal)
A pandemia veio alterar em muito os padrões de trabalho por todo o Mundo e o tele-trabalho tornou-se algo comum para muita gente.
Em Portugal, antes da pandemia apenas 2% dos inquiridos realizava as suas funções exclusivamente em tele-trabalho, durante a pandemia (até fim de 2020), este valor aumentou para 19%.
Questionados sobre a preferência entre realizar a sua atividade profissional em tele-trabalho, no local ou uma combinação de ambos, apenas 11% gostaria de voltar ao local de trabalho e a maioria prefere a combinação (61%).
Por função, antes da pandemia, eram poucos os trabalhadores que exerciam as suas funções unicamente em tele-trabalho. Destacando-se as áreas de: Digitalização e Automação, Marketing e Comunicação, Vendas, Engenharia e Trabalho Técnico e Sector de Serviços.
Durante a pandemia, grande parte das funções passou a ser exercida em trabalho remoto, ou uma combinação entre ambos. Só trabalhos de Manufatura se mantêm na totalidade presenciais.
Preferências de trabalho após a pandemia
Em Portugal, o tele-trabalho obrigatório foi imposto há um ano, será que após a pandemia as pessoas gostariam de se manter neste sistema?
Então, no pós-pandemia, 28% dos portugueses gostaria de se manter em tele-trabalho. A preferência é tida pelo sexo feminino, com 31% das inquiridas a querer esta opção no futuro.
Quando ao método de trabalho, entre fixo e flexível, quase metade (47%) dos inquiridos gostariam de ter uma combinação entre flexibilidade e trabalho fixo. Sendo também esta a preferência entre homens e mulheres.
Analisando estas preferências por função, apenas trabalhadores da área de Serviço Social, gostariam de exercer trabalho remoto menos de três dias por semana.
Desta mesma função há uma preferência pelo misto entre trabalho fixo e flexível, a quem se junta a área de Media e Informação.
O impacto da crise social e ambiental
No último ano, em Portugal, a questão ambiental e a questão da diversidade e inclusão ganharam importância. Dos inquiridos, 70% mostra estas preocupações, entre eles um grande número de população jovem.
Questionados sobre se excluiriam empresas que não seguissem as suas crenças relativas a estes dois assuntos, mais de metade responde que sim!
O impacto da Covid-19 no local de trabalho em Portugal
Neste campo distinguem-se três aspetos com impacto positivo: uso de ferramentas digitais, flexibilidade de quando e onde trabalhar e trabalho de equipa.
Avaliado negativamente ficou a qualidade e forma de liderança e o bem-estar dos funcionários.
É de conhecimento e experiência geral que a Covid-19 veio alterar em muito o mercado de trabalho. Mas, a pergunta que se impõe para muita gente é o que virá nos pós-pandemia.
No terceiro (e último) relatório do Global Talent Survey 2021, iremos apresentar as estatísticas acerca dos empregos em risco e resposta à requalificação.
Veja aqui o segundo relatório completo.
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