A microgestão é um problema que afeta muitas empresas e pode trazer muitas consequências. Saiba como a evitar!
É um estilo de liderança, que se caracteriza pelo controlo total e centralizado na figura do gestor. Ou seja, este controla ao detalhe todas as tarefas dos seus colaboradores, muitas vezes substituindo-os.
Além disso, toma todas as decisões, mesmo as que deveriam ser da competência dos seus subordinados.
Isso além de mostrar incapacidade em delegar tarefas, mostra falta de confiança na equipa e pode trazer consequências negativas.
Consequências negativas da microgestão
Este tipo de liderança pode levar à falta de autonomia e desenvolvimento das capacidades dos colaboradores.
Com isto, irá afetar a cultura da empresa, originando um ambiente de trabalho tóxico, individualista e pouco comunicativo. Por fim, pode levar ao fracasso da equipa e incapacidade de atingir objetivos.
Os colaboradores podem também sentir falta de controlo sobre o seu próprio trabalho, levando a níveis elevados de stress e insatisfação generalizada.
Além disso, a falta de confiança dos seus supervisores no seu desempenho, leva os colaboradores a duvidarem também do seu trabalho. Como consequência começam a ter receio de cometer erros e tomar decisões. A longo prazo, isto pode afetar a produtividade e a eficiência da empresa.
Então, a microgestão pode ser responsável pelo falhanço de uma empresa e da sua inviabilidade enquanto projeto.
3 sinais de alerta do Microgestão
1. Nenhuma tarefa avança sem passar pela aprovação do gestor
É natural que sejam necessárias aprovações finais. Mas, se qualquer passo dado depende da aprovação do gestor é um sinal de alarme.
2. O gestor está incluído em todos os emails trocados
É expectável que os gestores estejam a par das informações importantes, mas, não faz sentido serem incluídos em todos os emails trocados, que não tratem de questões relevantes para a gestão.
3. O gestor acaba por fazer as tarefas dos colaboradores
Quando um gestor toma as rédeas de alguma tarefa, fazendo-a ou terminando-a, em vez de delegar, acaba por ser prejudicial. Está a descurar as suas tarefas de estratégia e gestão e a assumir a componente operacional do processo.
Como evitar a Microgestão
1. Aposte na contratação de qualidade
Realize bons processos de recrutamento e seleção, contratando talento de qualidade. Bons profissionais sabem ser independentes.
2. Capacitar os colaboradores
Investir nas competências da equipa é uma forma de a tornar autónoma, permitindo aos colaboradores trabalhem de forma independente e sem necessidade de controlo constante.
3. Incentivar o trabalho em equipa
Promover o trabalho em equipa e a ajuda mútua entre colaboradores é fundamental. Com o tempo, a própria equipa conseguirá organizar-se, entreajudar-se e funcionar de forma autónoma.
4. Implementar procedimentos ágeis
Ao colocar em prática metodologias de trabalho ágeis, é garantida a flexibilidade necessária para que os projetos possam adaptar-se a mudanças de cenário ou imprevistos.
5. Responsabilizar gradualmente os colaboradores
Inicialmente é natural que os colaboradores necessitem de maior supervisão e não lhes seja dada tanta responsabilidade, mas, aos poucos, é fundamental ir confiando nas capacidades da equipa. Atribuía tarefas e responsabilidades que permitam que aprendam com os erros.
6. Manter a recetividade
Existem diversas formas de realizar algo e deve haver abertura para analisar e testar novas formas de trabalho. Isso irá favorecer a inovação, agilidade e a melhoria contínua dos processos.
7. Investir em tecnologias de gestão de pessoas
Optar por usar programas de gestão de Recursos Humanos permite delegar, abrir mão do controlo e ter procedimentos mais ágeis.
Fonte: Factorial