Quiet quitting, é a nova tendência que pretende acabar com a ideia de que a vida gira em torno do trabalho.
Então, pode ser entendido como uma demissão passiva e consiste em realizar o mínimo, básico e essencial do trabalho, sem fazer horas a mais ou esforçar-se além do necessário.
Mas a tendência não é assim tão nova, só mudou de nome. Alguns conhecem-na como “coasting” e outros como “slacking off”.
Em suma, é simplesmente “impor limites” no trabalho. Isto é, parar de trabalhar assim que chega a hora final do seu horário, não fazer horas extra, nem mesmo 10 minutos para acabar uma tarefa.
Algo que pode contribuir para o quiet quiting é a insatisfação profissional, tal como objetivos frustrados ou a falta de reconhecimento por parte dos superiores.
O desejo de progressão de carreira pode conduzir a um aumento da carga de trabalho, que acaba por levar a um ciclo vicioso com consequências graves para a saúde mental.
Direito de desligar
Os limites entre a vida pessoal e a vida profissional ganharam novo destaque nos últimos anos.
Com a implementação cada vez maior do tele-trabalho, muitos profissionais passaram a estar permanentemente ligados ao trabalho.
Então, por essa razão, em Dezembro de 2021, Portugal destacou-se pela positiva ao aprovar o “Direito a desligar”.
Esta lei que prevê consequências para as empresas que contactem os trabalhadores em tele-trabalho fora dos horários de serviço.
Assim, na lei n.º 83/2021, está definindo que “o empregador tem o dever de se abster de contactar o trabalhador no período de descanso, ressalvadas as situações de força maior”. Aplicando-se apenas aos trabalhadores em tele-trabalho.
Para as empresas, o “quiet quitting” traz vantagens ou problemas?
Apesar do quiet quitting parecer um problema para os empregadores, até pode ser vantajoso. Isto porque a saúde mental dos trabalhadores tem um forte impacto financeiro nas empresas.
Um funcionário feliz produz mais e é mais empenhado no seu trabalho e quando a saúde mental não é tida em conta, os trabalhadores podem entrar em situações de burnout.
Então, um funcionário nesta condições implica gastos para a empresa, podendo mesmo ficar de baixa.
Como surgiu o Quiet quitting?
Esta tendência tornou-se recentemente viral através da rede social Tik Tok.
A frase “quiet quitting” – “demissão silenciosa” – começou por ser partilhada como uma forma das pessoas se demitirem da ideia de ir mais além no trabalho.
Fonte: SIC Notícias