As empresas mudaram e uma maior valorização do trabalho em equipa ganhou terreno. Com isto, algumas coisas deixam de fazer sentido, então saiba como evitar a microgestão das atividades das equipas e dar empowerment aos colaboradores.
O mundo digital tem levado a que as empresas, passem de uma hierarquia funcional tradicional a uma maior valorização do trabalho em equipa.
Assim, as empresas reinventam-se e tornam-se mais focadas no fator humano, com isto, também o papel do gestor se altera, que deve passar a ser líder.
Evitar a microgestão e dar empowerment aos colaboradores
Então, com a cultura organizacional centrada no ser humano, já não faz sentido praticar a microgestão das atividades das equipas.
Esta prática é reconhecida por um controlo excessivo e supervisão constante e, atitudes como estas, levam à desmotivação e à diminuição da produtividade.
Assim, para evitar este cenário, é necessário dar empowerment aos colaboradores e mudar algumas atitudes.
Mas, o que significa empowerment? O empowerment procura dar às pessoas a liberdade e a informação que lhes permitem tomar decisões e participar ativamente na organização.
Microgestão e Planeamento do Trabalho
A microgestão afeta tanto o colaborador como o gestor. O primeiro sente-se desvalorizado por não ter liberdade para realizar o seu trabalho e o segundo acaba por trabalhar mais horas e de forma menos produtiva.
Então, dar autonomia aos colaboradores para que sejam capazes de tomar decisões ao realizarem as suas tarefas diárias pode trazer diferenças, mas o trabalho será na mesma realizado.
Mas o que deve fazer para dar autonomia? Em primeiro lugar, tem de descobrir o que cada funcionário faz de melhor e depois comunicar, para que juntos encontrem formas de se ajudarem mutuamente e de desenvolverem um bom trabalho.
Assim, isto levará a que haja uma melhoria do trabalho em equipa, dá fluidez e eficiência ao fluxo operacional e ainda estimula a autogestão.
Seja um líder
O trabalho de um líder é dar o exemplo, encorajar e incentivar a sua equipa. Deve estar ao lado da equipa nos bons momentos e, principalmente, nos maus.
A melhor atitude que um líder pode tomar é acreditar na sua equipa, assim irá aumentar a confiança e a lealdade e ainda demostra valorização.
Numa segunda fase do empowerment, o objetivo é praticar a confiança para aumentar o sentimento de poder dos colaboradores.
Os gestores podem aplicar diversas práticas de nível organizacional, tal como, a valorização profissional, através do reconhecimento pelo bom trabalho.
Desenvolvimento
Os gestores devem identificar as necessidades dos colaboradores e criarem caminhos para o crescimento.
Então, o gestor deve ajudar o colaborador a “encontrar” o seu caminho e proporcionar uma partilha de aprendizagens.
Para que o desenvolvimento dos colaboradores seja valorizado e acompanhado, é importante não esquecer a comunicação. Comunicar com clareza e expressar exatamente quais são as suas expectativas em relação a determinada atividade ajuda o colaborador a ter uma visão ampla do seu trabalho.
Elogiar o esforço
Elogiar o esforço e as iniciativas, estimula os colaboradores a continuarem e o resultado será uma produtividade mais elevada e o aumento da satisfação dos mesmos.
Assim, dar feedback deve-se tornar algo frequente. Isto, torna-se ainda mais fundamental na última e terceira fase do empowerment, que deve proporcionar aos colaboradores a autoeficácia.
O feedback pode ser praticado em conversas individuais fora ou dentro do ambiente de trabalho. Deve perguntar ao colaborador sobre a sua evolução no cargo, as suas sugestões e reclamações, as suas conquistas e outras perguntas.
Isto irá permitir que compreenda melhor a diversidade do ambiente de trabalho. Além disso, permite que compreenda mais os seus colaboradores e a identifique os motivos que levam a problemas pontuais, sejam eles referentes ao trabalho ou a questões pessoais.
Os colaboradores irão sentir-se com mais poder e os efeitos comportamentais do empowerment será o desenvolvimento de indivíduos autónomos e auto-eficazes.
Assim, facilmente atingirá também o empowerment de grupo, que resulta numa liderança partilhada.
Está então na hora de pôr isto em prática e evitar a microgestão e dar empowerment aos seus colaboradores.
Pense, os tempos mudaram, mas e a sua forma de liderar já mudou?
Fonte: Great Place to Work