Conheça as tendências de Recursos Humanos para 2022, em que a transformação dos mercados de trabalho e da gestão de talentos continuará a ser uma constante.

Mas, também outros fatores impulsionam esta transformação, como: as alterações demográficas, a necessidade de alcançar a combinação certa de tecnologia e talento, a maior capacidade de escolha por parte dos trabalhadores e a crescente sofisticação da gestão de talento das organizações.

Além disso, a escassez de talento é uma realidade cada vez mais presente.

Segundo o ManpowerGroup, esta falta de talentos já alcançou valores máximos em 15 anos, com seis em cada 10 empresas a não conseguirem encontrar as competências de que necessitam no mercado de trabalho.

Então, apresentamos-lhe as 10 tendências de Recursos Humanos para 2022:

1. Maior capacidade de escolha e evolução nas preferências do trabalhador

Então, devido à escassez de profissionais, a escolha pela organização onde se quer trabalhar estará cada vez mais ao alcance dos profissionais.

Além da retribuição, os trabalhadores irão exigir cada vez mais flexibilidade e autonomia. Também uma cultura de confiança e um foco crescente no propósito organizacional e nos valores sociais e ambientais, estarão em cima da mesa.

Assim, as empresas poderão criar propostas de valor competitivas e em linha com as preferências da sua base de talento.

2. O trabalho continuará a não ter de ser obrigatoriamente no escritório

Os trabalhadores não querem perder a autonomia flexibilidade e, cada vez mais, valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Assim, modelos de trabalho remotos e híbridos serão uma tendência mais procurada pelos trabalhadores.

Com isto, as equipas de Recursos Humanos terão pela frente o desafio de repensar a contratação, o onboarding e o bem-estar dos trabalhadores.

3. O foco estará na requalificação

Devido à escassez de talento e o gradual aumento dos salários significam que os mercados de trabalho estão a ser fortemente solicitados.

Então, os empregadores devem garantir a atração dos seus talentos. A requalificação dos trabalhadores, permitirá abordar a atual escassez de talento, confirmando-se, cada vez mais, como um fator de atração de talento.

4. Transformação digital tecnológica e humana

Mas, apesar da tecnologia ter cada vez mais impacto nos modelos de negócio e na experiência de clientes e trabalhadores, as organizações têm cada vez mais conscientes da importância do binómio talento e tecnologia no sucesso da transformação digital.

A aplicação de análise de dados e inteligência artificial irá permitir prever o potencial de desempenho de cada trabalhador, como se adequa a futuras oportunidades profissionais e como aumentar a diversidade e reduzir as desigualdades.

Assim, o impulso das competências humanas e da cultura certa ganham protagonismo como chave para o progresso digital.

5. Um esforço para a igualdade no mundo do trabalho

A pandemia da Covid-19 trouxe uma grande redução do número de trabalhadores – e maioritariamente femininos – em alguns sectores.

Assim, esta tendência deverá ser compensada com um aumento no acesso a oportunidades em sectores de crescimento, onde as mulheres estão ainda sub-representadas, como é o caso da tecnologia.

No entanto, de acordo com o relatório de 2021 do World Economic Forum, serão já necessários 135 anos para alcançar a paridade de género.

Por este motivo, deverá existir um esforço de inclusão consciente por parte das empresas, que considere elementos como a flexibilidade, a mentoria ou a valorização dos resultados.

6. A cultura organizacional ganha importância

A renovação da cultura da empresa é o primeiro passo para as empresas criarem confiança, reterem equipas e melhorarem a experiência dos seus colaboradores.

Então, uma liderança empática e pronta para o digital será relevante.

7. A prevenção da saúde mental será cada vez mais importante

A prevenção da saúde mental deve ser cada vez mais uma prioridade das organizações.

Assim, haverá uma crescente implementação de medidas de prevenção do esgotamento, bem como a revisão de políticas, benefícios e cultura organizacional, no sentido de promover a resiliência de trabalhadores e empresas.

8. Pôr a Diversidade, Equidade e Inclusão em prática

As questões relativas a política, raça, identidade e cultura continuam a criar uma crescente divisão na sociedade, levando as empresas devam tomar posições sobre os temas sociais.

Então, cabe às empresas promover a diversidade, equidade, inclusão e sentimento de pertença, a nível interno e na sua relação com a sociedade.

9. As empresas ganham protagonismo no combate às alterações climáticas

Há uma certa urgência para que as empresas assumam uma liderança na temática ambiental.

A legislação em torno da ação climática e os compromissos organizacionais com as emissões zero são cada vez mais comuns.

O objetivo é reduzir o impacto ambiental das organizações e posicioná-las como entidades responsáveis no tema da sustentabilidade.

10. Abertura para modelos de gestão de talento que reforcem a agilidade e resiliência das organizações

Para uma resposta às transformações do mercado, é necessária a implementação de modelos operacionais e de gestão de pessoas mais ágeis.

Por exemplo, modelos como o trabalho em freelance ou a contrato, poderão ganham uma crescente apetência.

 

Então, as tendências de Recursos Humanos para 2022 estão dependentes dos trabalhadores, mas, acima de tudo das empresas.

Fonte: Human Resources