O The Network – rede internacional de portais de emprego – em parceria com o Boston Consulting Group, lançou os dados do Global Talent Survey 2021, uma análise ao mercado de trabalho de Portugal.

Foram realizadas 208.807 mil entrevistas, em 190 países, a fim de perceber as opiniões acerca de preferências de emprego, de mobilidade e planos de carreira. Em Portugal foram 1213 participantes.

O Alerta Emprego, como parceiro do The Network no país, apresenta-lhe os resultados do mercado de trabalho de Portugal.

Portugal é destino de eleição para trabalhar?

Portugal encontra-se em 26º lugar no rank de países atrativos para trabalhar, tendo subido quatro lugares desde 2018. Lisboa teve uma subida de 12 lugares, passando do 40º lugar em 2018 para o 28º lugar este ano.

Tal como em 2018, no topo dos países cujos trabalhadores gostariam de vir trabalhar para Portugal encontra-se o Brasil.

Mas novos países de origem entram neste rank 10 que acha Portugal um bom país de trabalho, como a Suíça, Roménia, Estónia e França. Em contrapartida, Itália, Suécia, Bulgária e Panamá, saem.

E os portugueses, têm vontade de trabalhar no estrangeiro?

Se a nível global metade dos inquiridos não mostra problemas em trabalhar no estrangeiro, em Portugal esta tendência assemelha-se, sendo também escolha de 48% dos inquiridos, sendo mais tendencioso entre jovens e pessoas com qualificações mais elevadas.

São os estudantes quem mais tem a emigração como possível escolha, seguidos de profissionais com funções em Digitalização e Automação, Serviços, Gestão, Direito e Ciência e Pesquisa. Ou seja, mais de metade dos inquiridos destas áreas dizem sim ao trabalho no estrangeiro.

Com menos percentagem de aceitação em trabalhar no estrangeiro então profissionais da área da Artes, Serviço Social, Saúde e Recursos Humanos, entre outras.

Para onde gostariam de ir os portugueses trabalhar?

A eleição dos portugueses não vai muito longe, a escolha vai para o nosso país vizinho, a Espanha. Tendência que se repete relativamente a 2018, tal como o Reino Unido em segundo lugar.

E o tele-trabalho, é uma opção?

70% dos portugueses admite que não se importaria de trabalhar remotamente para um empregador noutro país.

Nesta questão entram dois campos, os países em que os portugueses procuram por oportunidades em tele-trabalho, sendo o Reino Unido a primeira escolha, seguido de Espanha e Estados Unidos. E os países que procuram portugueses para tele-trabalho, com o Brasil a liderar, seguido de Angola e Espanha.

A nível global, pouco mais de metade aceita o tele-trabalho para um empregador noutro país como uma opção.

 

Este é o resultado do Decoding Global Talent, Onsite and Virtual, que analisa as atitudes dos trabalhadores por género, idade, nível de escolaridade e de habilidades digitais e posição hierárquica de cargos.  Um resumo online do relatório pode ser encontrado para download aqui.

Ainda este ano serão divulgados os dados de mais dois relatórios, sobre novos modelos de trabalhado devido ao Covid-19 e acerca das mudanças nas perspetivas e expetativas de carreira das pessoas.

Fonte: BCG e The Network