Com o tele-trabalho, também as festas de trabalho passaram para o virtual. Esta experiência tanto pode ser incrível como traumatizante. Conheça o bom, o mau, o prático e o curioso das festas de trabalho virtuais.
Não há contacto para um dança, por exemplo, e o clima de festa pode ser difícil em casa. No entanto, há aspetos positivos como, não correr o risco de contagiar alguém caso esteja doente, não haver o regresso a casa (nem sempre sóbrio), nem a possibilidade de algum encontro amoroso imprudente.
Em tempos de Covid-19, as festas de trabalho são limitadas, então as empresas começam a optar pela versão virtual, de forma a criar ocasiões especiais para os seus funcionários. Com a previsível continuação do tele-trabalho, alguns organizadores têm esperança que se mantenha.
Catharina Gehrke chefia a filial sueca da companhia de seguros online para animais de estimação, Bought By Many e teve uma feste virtual da sua empresa, com 200 convidados.
Gehrke experimentou tudo o que a festa tinha para oferecer, mas afirma que o ponto alto foi conseguir saber um bisbilhotice na privacidade de uma casa de banho virtual – onde, à distância de um clique de rato, ela podia abandonar a pista de dança com um grupo selecto de amigos. A trabalhadora de fintech assume que o evento foi um dos melhores encontros sociais de trabalho em que já esteve, embora acrescente que o que faltava era estar mesmo fisicamente com os colegas.
As festas virtuais vieram para ficar
Segundo o relatório anual Grand View Reserach, da consultora norte-americana com o mesmo nome, é esperado que o mercado mundial de eventos virtuais cresça de 100 mil milhões de dólares, em 2020, para 400 mil milhões, em 2027.
Edward Pollar, director de operações da organizadora de eventos Hire Space, afirma que o aumento da procurar de eventos online, durante a pandemia, obrigou a sua companhia a inovar.
Não é algo confortável para todos
Nem todos os trabalhadores estão confortáveis com este novo normal.
Segundo Jake, trabalhador de uma organização não governamental em Londres, recorda “Eu fui o centro das atenções quando cantei um verso a solo no nosso concerto de Natal”, depois de cantar algumas notas muito desafinadas, desligou a câmara do computador e fingiu que a Internet tinha ido abaixo. Refere que só se lembra de ver caras chocadas.
Sebastian Woods é outro exemplo. É funcionário de um empresa de aprendizagem automática, em Estocolmo e ficou um pouco desconfortável quando a sua mulher, que, tal como ele, está a trabalhar em casa, participou num evento social de trabalho de sexta-feira à noite.
O virtual instalou-se nas nossas vidas em muitos sentidos, assim vai desde o trabalho a festas.
No entanto, não há nunca como agradar a todos e esta é mais uma das vezes que isso acontece. As festas de trabalho virtuais proporcionam experiências boas para alguns e não tão boas para outros.
Fonte: Público