A Google Portugal vai distribuir até ao final do ano, mais de 3 mil bolsas de competências digitais no país.

Estas bolsas para certificados de formação online, são atribuídas em parceria com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

As áreas abrangidas são de competências digitais, como análise de dados, design de interfaces digitais, gestão de projetos e apoio técnico em tecnologias de informação.

Esta iniciativa surge do compromisso da empresa em “apoiar a recuperação económica e fomentar a capacitação de todas as pessoas”, refere Bernardo Correia, diretor regional da Google Portugal.

“Estas formações fazem parte dos certificados profissionais da Google e estão disponíveis na plataforma Coursera e são quatro: apoio técnico de tecnologias de informação, gestão de projetos, análise de dados e design de experiência de utilizador”, explicou.

O diretor explicou ainda que a escolha destes cursos é por serem de áreas de “alto crescimento e de remuneração acima da média” que “geralmente não exigem uma licenciatura de quatro anos e não exigem nenhum requisito de formação ou experiência prévia.”

A seleção das pessoas será feita pela APDC e pelo IEFP, que seguirão o critério de quem esteja mais necessitados destes cursos. Incluirá igualdade de género, ou seja, 50% homens e a outra metade mulheres, com “foco nos desempregados”, disse Sandra Almeida, diretora executiva da APDC. Além disso, 50% dos candidatos selecionados serão de Lisboa e Porto e os restantes 50% do resto do país.

“A ideia destes cursos é serem à velocidade do formando, ou seja, não há aqui um tempo predefinido, o curso tem cerca de 125 horas e nós esperamos que as pessoas façam entre oito a 10 horas por semana”, explicou Bernardo Correia, adiantando esperar que cerca de oito meses “seja o prazo normal” para acabar um curso deste género.

A iniciativa conta ainda com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, referiu que o grande desafio é como aproveitar da melhor forma o combate às desigualdades. “O digital é dos instrumentos mais determinantes neste momento para garantir que as pessoas não ficam de fora”, referiu.

Rogério Carapuça, presidente da APDC, salientou que “as competências digitais são absolutamente fundamentais, não só para terem empregos mais qualificados, mas sobretudo para ter um emprego”.

Por sua vez, o presidente do IEFP, António Valadas da Silva, manifestou a sua “satisfação em poder participar” nesta iniciativa, salientando que permitirá “reforçar a qualificação” dos ativos, nomeadamente dos desempregados, de competências digitais.

Os candidatos não podem manter-se inativos na plataforma por mais de 15 dias sob pena de perderem o certificado. Adicionalmente, o Google.org, braço filantrópico da Google, alocará mais de 200 certificados que serão distribuídos pela Fundação da Juventude, com o apoio da INCO, a pessoas em situação de exclusão e vulnerabilidade.

Fonte: Público