O englobamento no IRS é um regime de tributação que o pode ajudar a poupar.
Isto aplica-se especialmente a quem recebeu juros dos depósitos a prazo, juros dos Certificados de Aforro, dividendos ou rendas de casa em 2024.
No IRS os rendimentos não são todos tratados por igual, “as regras de tributação variam consoante a categoria do rendimento, ou seja, a fonte do dinheiro”. Isto é, o dinheiro obtido a trabalhar não paga o mesmo imposto que o dinheiro obtido em investimentos (rendas, juros, dividendos, etc.).
Então, no IRS existem três formas de tributar os rendimentos: por englobamento, por taxas liberatórias ou por taxas especiais.
Como funciona o englobamento?
A tributação por englobamento consiste em somar os rendimentos de diferentes categorias e sujeitá-los às taxas gerais do IRS.
Importa referir que as taxas são progressivas, ou seja, crescem à medida que o rendimento aumenta (por escalões).
Quando devo ou não optar pelo englobamento?
Há duas situações em que pode ser vantajoso optar pelo englobamento.
- Baixos rendimentos – segundo as tabelas para 2024, os contribuintes com rendimentos coletáveis nos quatro primeiros escalões de IRS, ou seja até 21.321€, pagam uma taxa de IRS de até 26%, sendo esta última inferior à taxa liberatória de 28% aplicada a alguns rendimentos de capitais ou prediais. Assim, compensa juntar aos rendimentos do trabalho, os rendimentos sujeitos a tributação autónoma;
- Em caso de saldo negativo entre mais-valias e menos-valias – quando existe um saldo negativo das mais-valias, por exemplo resultado da venda de ações, ao englobar, esse prejuízo é deduzido às possíveis mais-valias futuras nos cinco anos que se seguem.
Por exemplo: recebeu 2000€ de juros no ano passado, fez retenção na fonte de 28%, ou seja, 560€ ficaram para o Estado. Se agora englobar esses juros no IRS e pagar, por exemplo, 16,5%, só teria de pagar 330€, uma poupança de 230€.
No entanto, tenha em atenção que ao juntar os juros e rendas à sua reforma ou salários, o valor total do seu IRS vai aumentar.
Além disso, tenha sempre em conta que é importante fazer simulações.
Fonte: Economia ao Minuto