A idade da reforma recua para os 66 anos e quatro meses, em 2023. Consequência disto foi a descida da esperança média de vida para os 65 anos, devido à pandemia.

O recuo da esperança média de vida, reduziu ainda o corte do fator de sustentabilidade para 14,06%.

Este recuo na idade legal da reforma resulta da fórmula que compara a esperança média de vida aos 65 anos, nos dois e três anos anteriores ao pedido.

Com base nos dados relativos a 2021 e 2020 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 haverá menos três meses de espera para a reforma, de acordo com os cálculos JN/Dinheiro Vivo.

O INE indica que o valor provisório da esperança média de vida aos 65 anos passou, no triénio terminado em 2021, para 19,35 anos. Um ano antes estava em 19,69 anos.

Trata-se de um recuo de 0,34 anos, correspondendo a quatro meses “em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia COVID-19”, refere.

Factor de sustentabilidade desce para 14,06%

A pandemia da Covid-19 fez também descer o fator de sustentabilidade das pensões antecipadas pedidas no próximo ano para 14,06%.

Este valor é calculado com base a esperança média de vida aos 65 anos.

Além disso, soma-se a esta penalização um corte de 0,5% por cada mês de antecipação à idade legal de reforma.

No entanto, este corte do factor de sustentabilidade não afetará muitas pessoas, tendo sido nos últimos anos eliminado para carreiras muito longas e diferentes profissões de especial desgaste.

As carreiras contributivas mínimas de 40 anos asseguram também aos 60 anos a aposentação antecipada sem corte do factor de sustentabilidade, mantendo a segunda penalização de 0,5%.

 

Veja ainda:

Foi aprovada a reforma antecipada sem cortes para pessoas com grau de incapacidade desde 80%.